Waldemar Naves e Jales Mendonça, no IHGG
Estudioso, professor e pesquisador na área médica, com extenso currículo, o doutor Waldemar Naves do Amaral, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, assumiu na sexta-feira, dia 31, a Cadeira nº 58, como sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, que tem como patrono o farmacêutico Agnelo Arlington Fleury Curado. Um dos mais brilhantes profissionais da Medicina, atua principalmente nos seguintes temas: gravidez de alto risco, ultrassonografia, medicina fetal, reprodução humana, endoscopia e ginecológica.
Médico pela Faculdade de Medicina da UFG (1985), é especialista em Ginecologia e Obstetrícia e em Diagnóstico por Imagem (USG), Mestre e Doutor pelo IPTESP\UFG; Professor Associado da Faculdade de Medicina\UFG; Professor Livre-Docente pelo Departamento de Radiologia da Universidade de São Paulo; Orientador da Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado/Doutorado/Pós-Doutorado) do Programa em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da UFG; Coordenador da Pós-Graduação Lato Sensu da Faculdade de Medicina\UFG; Coordenador da Pós-Graduação Lato Sensu da Schola Fértile; Coordenador do Centro de Genética Humana e do Instituto da Mulher, ambos do Hospital das Clinicas (EBSERH – UFG); e Diretor Técnico da Fértile Diagnósticos.
É Conselheiro Titular do Conselho Federal de Medicina (CFM), eleito em 2024: Conselheiro do Conselho Regional de Medicina de Goiás; Membro da Câmara Técnica de Reprodução Assistida, do CFM; Presidente da Academia Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Cadeira nº 1; Membro e Ex-Presidente da Academia Brasileira de Ultrassonografia, Cadeira nº 1; Membro da Academia Latino Americana de Ultrassonografia, Cadeira nº 2; Diretor Secretário Geral e Membro da Academia Goiana de Medicina, Cadeira nº 5; Membro da Academia Nacional de Saúde dos Policiais Militares e Bombeiros Militares, Cadeira nº 52; Presidente da Sociedade Brasileira de Ética Médica; Presidente da Comissão Estadual de Residência Médica de Goiás; Coordenador da Comissão de Residência Médica do Hospital e Maternidade Dona Iris, de Goiânia; Coronel da Reserva da Polícia Militar do Estado de Goiás; Membro do Conselho Curador da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas; Membro do Conselho Curador da Fundação Tiradentes; Presidente do Comitê de Ética em Pesquisa no Hospital e Maternidade Dona Iris, de Goiânia; Ex-Presidente da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia; Tesoureiro e Ex-Presidente da Associação Médica de Goiás; Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana; e Presidente da Sociedade Brasileira de Videocirurgia, Robótica e Digital (SOBRACIL-GO).
Orientou 32 dissertações de mestrado e 22 teses de doutorado. É autor de 270 artigos completos publicados em periódicos, de 93 artigos científicos premiados, de 56 livros médicos e de 349 capítulos de livros médicos. É ainda editor de seis revistas médicas científicas: Revista Goiana de Medicina, Revista Brasileira de Ultrassonografia, Revista Brasileira Militar de Ciências, Revista Bioética CREMEGO, H Reproduction Archives e Revista Científica CEREM-GO.
Trajetória
O dr. Waldemar Naves do Amaral nasceu em 24 de junho de 1963, em Porangatu, GO. Terceiro de três irmãos, filhos de Waldemar Lopes do Amaral Brito, falecido em 1984, e de Nilza Naves do Amaral, iniciou sua formação acadêmica em sua cidade natal: fez o primeiro grau na Escola Paroquial da Igreja Católica e, por quatro anos, deu seguimento aos estudos no Colégio Estadual de Porangatu, após passar em processo seletivo em primeiro lugar. Como a cidade não oferecia o segundo grau aos estudantes, mudou-se, com os irmãos, para Goiânia. Na capital, estudou no Colégio Objetivo e, em 1980, aos 16 anos, entrou para a graduação em Medicina, na UFG, aprovado em 3º lugar. Desde então, dedicou sua vida à Medicina, à academia e à família. Casado com a também médica Mara Sandra Coelho Bezerra do Amaral (foto), é pai de Waldemar Naves do Amaral Filho e Alexandre Alcides Bezerra do Amaral.
Durante sua graduação em Medicina pela Universidade Federal de Goiás (1980-1985) foi monitor de Técnica Operatória e estagiou na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, na área de Obstetrícia, e na Clínica Santa Isabel, em Ortopedia. Após se formar, foi aprovado para Residência Médica em quatro instituições: Universidade Federal de Minas Gerais (3° lugar), Hospital Geral de Goiânia (1° lugar), Hospital das Forças Armadas de Brasília (1° lugar) e Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo. Optou por realizar sua residência em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Geral de Goiânia/INAMPS, onde morou por dois anos no espaço dedicado aos médicos residentes.
Em 1987 fez um curso de ultrassonografia na Clínica Diagnosis, em Ribeirão Preto, SP, com o professor doutor Luiz Antônio Bailão. A partir desse treinamento, começou a atuar nessa área em Goiânia.
Obteve o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) \ Associação Médica Brasileira (AMB) – Conselho Federal de Medicina, em concurso público nacional, em 1988. No mesmo ano, fundou, com amigos e colegas médicos, a Clínica Fértile, onde é Diretor Técnico.
Realizou a primeira transfusão intravascular intrauterina de sucesso no Brasil em um feto anemiado pela doença hemolítica perinatal, o que resultou no nascimento de Maurício César em 1989, marco na medicina fetal do país. Assumiu o cargo de diretor técnico da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, onde desenvolveu atividades acadêmicas com os estudantes de Medicina da UFG que estagiavam na maternidade.
Em 1991 foi aprovado em concurso público federal como professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFG. Foi Chefe do Departamento por quatro mandatos e atualmente é Professor Associado IV. Nesse ano, foi aprovado em concurso público estadual como Médico Ginecologista-Obstetra no quadro de saúde da Polícia Militar de Goiás, onde atualmente é Coronel Médico da reserva.
Em 1992 integrou o grupo da Clínica Fértile que realizou a primeira fertilização in vitro bem[1]sucedida do Centro-Oeste brasileiro, resultando no nascimento dos irmãos Pablo e Patrick.
Em 1993 iniciou a implementação de vídeolaparoscopia e vídeohisteroscopia, técnicas de cirurgia de pequeno trauma, e fundou o curso preparatório no Brasil via Schola Fértile.
Entre 1993 e 1995 fundou e presidiu a Regional de Goiás da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia (SBUS).
De 1994 a 1996 ocupou o cargo de delegado em Goiás da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana.
Em 1995, conquistou o Título de Especialista em Diagnóstico por Imagem – Ultrassonografia Geral e o Título de Habilitação em Ultrassonografia pela SBUS.
Foi vice-presidente nacional da SBUS por três anos, de 1995 a 1997.
Eleito presidente da Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia para os biênios 1996-1998 e 1998-2000, implementando um forte controle financeiro e promovendo a interiorização entidade.
Em 1997 recebeu o título em Vídeolaparoscopia e Vídeohisteroscopia pela FEBRASGO.
De 1998 a 2000 foi diretor da Sociedade Brasileira de Vídeocirurgia (Sobracil).
Assumiu a chefia do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFG em 2000, promovendo a expansão do departamento e valorizando a Residência Médica. Criou cenários além das portas da universidade para os acadêmicos. Foi chefe desse Departamento por quatro mandatos eletivos.
Em 2001, ao assumir a presidência da Sobracil-GO, começou a programar a realização do Congresso Brasileiro da Sobracil em Goiás. Foi reeleito presidente da Sobracil-GO nos períodos de 2003-2005, 2007-2009 e 2013-2015.
Em 2002 foi eleito presidente nacional da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia (SBUS), cargo que ocupou até 2017. Implementou um controle financeiro rigoroso e criou federadas regionais por todo o Brasil, promovendo a aquisição de uma sede própria em São Paulo e outros imóveis em Goiânia. Realizou 12 congressos nacionais, estabeleceu o reconhecimento do Título de Ultrassonografia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e tornou a Revista Brasileira Ultrassonografia (RBUS) regular e cientificamente reconhecida, alcançando o nível Qualis na avaliação ministerial.
Em 2003 presidiu o Congresso Brasileiro de Vídeocirurgia da Sobracil em Goiânia, com aproximadamente 1.200 participantes; e concluiu seu mestrado pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás, com a dissertação intitulada “Soroprevalência de Mycoplasma em Pacientes com Esterilidade Feminina”.
Desde a fundação da Schola Fértile, em 1994, presidiu 24 edições do Congresso Teórico-Prático de Ultrassonografia.
Em 2004 presidiu a Comissão Nacional de Ultrassonografia da FEBRASGO, onde permaneceu por três anos, realizando anualmente a prova de habilitação em Ginecologia e Obstetrícia.
Fui eleito presidente da Associação Médica de Goiás (AMG), mandato de 2005 a 2008, quando promoveu a adequação financeira e a interiorização da entidade.
Concluiu seu doutorado pelo IPTESP\UFG em 2006, com o tema “Diagnóstico da Toxoplasmose Fetal Mediante a Identificação de Anticorpos Específicos no Líquido Amniótio”.
Participou da diretoria da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), como presidente do Conselho de Delegados até 2008. Nesse ano, tornou-se editor científico da Revista Goiana de Medicina e presidente nacional da SBRH. Participou da instalação da Câmara Técnica de Reprodução Humana no Conselho Federal de Medicina (CFM) e é membro permanente da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do CFM. Também em 2008 tornou-se professor orientador da pós-graduação stricto sensu em Ciências da Saúde da UFG.
Em 2009 participou da fundação da Pós-Graduação Lato Sensu da Schola Fértile em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de Goiás e UniEvangélica, onde atua como professor, coordenador e orientador. Também criou a Liga Acadêmica de Obstetrícia (LOBS) na Faculdade de Medicina da UFG.
Em 2010 presidiu o XXIV Congresso Brasileiro de Reprodução Humana, com a participação de 1.200 congressistas.
Entre 2010 e 2012 foi diretor científico da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana e editor científico da Revista Reprodução e Climatério.
Desde 2011 ocupou o cargo de presidente da SBUS e da Federação Latino Americana de Ultrassonografia (FISUSAL). Tornou-se editor científico da Revista Brasileira de Ultrassonografia – RBUS.
Em 2012 foi indicado Diretor Técnico do Hospital e Maternidade Dona Íris, onde atualmente desempenha a função de Diretor Acadêmico. Esse hospital é um importante cenário de prática para graduação e pós-graduação dos alunos da UFG. Lá, criou o Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, em parceria com o Ministério de Educação.
Desde 2013 atua como conselheiro eleito do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CREMEGO).
Entre 2013 e 2014 assumiu o cargo de chefe do Serviço Médico do Comando de Saúde da Polícia Militar do Estado de Goiás.
Em 2014 foi eleito membro titular da Academia Goiana de Medicina. Participou da fundação da Faculdade da Polícia Militar do Estado de Goiás, quando assumiu o cargo de diretor acadêmico, e do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital e Maternidade Dona Íris, onde ocupa o cargo de coordenador.
Em 2015 criou o Centro de Genética Humana e Biologia Molecular em parceria com o Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina e o Hospital das Clínicas, ambos da UFG, como coordenador.
Em 2016 se tornou membro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES) e foi eleito Vice-Presidente da região Centro-Oeste.
Em 2017 foi nomeado membro da Academia Nacional de Saúde das Polícias Militares e Bombeiros Militares do Brasil. Recebeu homenagens por sua dedicação e contribuição à SBUS e à Universidade Federal de Goiás. Fundou a Liga Acadêmica de Reprodução Humana da Faculdade de Medicina da UFG. Ainda em 2017 foi promovido a Coronel do Quadro de Oficiais de Saúde da Polícia Militar e Bombeiros Militares do Estado de Goiás e homenageado com a Medalha Brigadeiro Faria Lima.
Fundou a Academia Brasileira de Ultrassonografia e tomou posse como membro titular e Presidente, onde ocupa a Cadeira nº 1.
Em 2018 fundou a Academia Latino-Americana de Ultrassonografia (ALAUS), onde ocupa a Cadeira nº 2 e foi Diretor.
Tornou-se Diretor Científico do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CREMEG), fundou a Revista Bioética CREMEGO e criou o “Estúdio CREMEGO” de Comunicação em 2020.
Em 2021 fundou a Academia Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (ABGO), onde ocupa a Cadeira nº 1 e é o primeiro Presidente.
Foi eleito presidente da Comissão de Residência Médica Estadual e diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás.
Em 2022 foi eleito Conselheiro Diretor na função de Secretário Geral do CREMEGO; fundou o Instituto da Mulher do Hospital das Clínicas da UFG, onde é o coordenador; e assumiu cargo no Conselho Curador da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (FUNDAHC) e no Conselho Curador da Fundação Tiradentes.
Tomou posse como Diretor da Faculdade de Medicina da UFG, mandato de 2022 a 2026.
Em 2023, em pleito direto, foi reeleito (para o terceiro mandato) como Conselheiro do Conselho Regional de Medicina (CREMEGO).
Em 2024, também em pleito direto, foi eleito como Conselheiro Titular do Conselho Federal de Medicina (CFM); e participou da fundação da Sociedade Brasileira de Ética Médica, sendo escolhido seu Presidente.