Jales Naves entrega os livros à secretária do IHGB Tupiara, ao lado do historiador Jales Mendonça e Iara Mendonça (Foto de Taquinho)

Mais antiga e tradicional entidade de fomento da pesquisa e preservação histórico-geográfica, cultural e de ciências sociais do Brasil, fundada em 2 de outubro de 1838, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sediado no Rio de Janeiro, ganhou duas novas obras. “A história da família Naves no Brasil”, das professoras Maria Helena Fernandes Cardoso e Vicentina Naves Fernandes, da Universidade Federal de Uberlândia, e “Arvore genealógica da família Naves brasileira”, do economista Nilson N. Naves. Os livros foram doados pelo co-autor dos dois trabalhos, escritor Jales Naves, ao participar da posse do novo sócio correspondente do IHGB, historiador Jales Guedes Coelho Mendonça, no dia 15 deste mês. As obras foram entregues à secretária da instituição Tupiara Machareth Ávila Dias.

Uma das mais completas do país, a Biblioteca do IHGB reúne, desde a fundação do Instituto, livros, folhetos, periódicos e outras publicações impressas, dos séculos XVI ao XXI. Inclui coleções doadas por sócios e bibliófilos, como a Biblioteca Americana de von Martius e a Coleção Teresa Cristina, dedicadas pelo imperador Pedro II. Na coleção bibliográfica destaca-se, por exemplo, a primeira edição do “Epitome de la Biblioteca Oriental i Occidental”, de Léon Pinelo (1629), que apresenta a mais antiga bibliografia brasiliana de que se tem notícia, arrolando obras de autores como Thevet (1561), Léry (1578), De Bry (1592) e d’Abbeville (1614) – todas disponíveis nessa coleção.

Instituto

O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro foi criado por proposta apresentada à Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional (SAIN) pelo marechal Raimundo José da Cunha Matos e pelo cônego Januoário da Cunha Barbosa. Em 21 de outubro de 1838 foi realizada, em sala do Museu Nacional, assembleia de fundação da nova instituição acadêmica, sendo os 27 associados fundadores letrados, políticos, servidores de estado, militares, desembargadores, professores e um padre.

Em sua fundação, o IHGB definiu como uma de suas principais finalidades reunir documentos da história e geografia do Brasil, constituindo uma das mais significativas e variadas brasilianas do país. Para a gestão da Coleção IHGB, foram criados o Arquivo, a Biblioteca e o Museu como setores técnicos da instituição.

Ao longo de sua história, o IHGB segue atualizando a sua missão de pensar o Brasil e reunir documentos da história e geografia do país.

Arquivo

O Arquivo do IHGB reúne documentos escritos avulsos variados, arquivos pessoais e privados, além de uma rica coleção de cartografia e iconografia da história do Brasil. No conjunto, destacam-se cinco arquivos presidenciais (Manuel Deodoro da Fonseca, Prudente de Morais, Epitácio Pessoa, Rodrigues Alves e Emílio Garrastazu Médici) e vários arquivos de personalidades da política nacional, de escritores e intelectuais.

Além disso, encontram-se documentos significativos, como atlas e mapas aquarelados do século XVII e a partitura autógrafa original do Hino da Independência, de autoria do imperador Pedro I, assim como os diários de André Rebouças e os cadernos de campo de Euclides da Cunha.

Vale mencionar ainda o conjunto de documentos reunidos relacionados à história das colônias portuguesas na África, Ásia e Oceania e suas relações com o Brasil e o tráfico transatlântico de escravizados. Atualmente, a coleção fotográfica do IHGB vem sendo tratada e digitalizada pelo portal da Brasiliana Fotográfica.

Em 2015, o IHGB foi distinguido com o registro internacional do Programa Memória do Mundo da Unesco, com o conjunto de documentos intitulado “A Guerra da Tríplice Aliança: representações cartográficas e iconográficas”.

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