Abilon Naves e sua mãe Aidê Naves (Foto do álbum de família)

Alegre e simpática, curtindo sua longevidade no convívio familiar, Aidê Naves de Campos Silva, 93 anos, diz que ainda vai longe e quer superar os outros familiares na idade. Na agenda, ir à formatura das três filhas de seu caçula, o advogado Abilon Naves de Campos Silva com a pedagoga Lucineide Aparecida Marquesin de Campos Silva: as gêmeas Sarah e Rebecca Marquesin Naves de Campos Silva, de 2004, que fazem o terceiro ano do Curso de Medicina no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (UniSalesiano), unidade de Araçatuba, SP, onde residem; e a caçula, Daniella Marquesin Naves de Campos Silva, de 2006, que concluiu o ensino médio e se prepara para o vestibular também para Medicina.

Paulista de São José do Rio Preto, de 13 de abril de 1932, Aidê Naves trabalha desde jovem: começou na Casa Publicadora Brasileira, parte de um grupo global de mais de 60 editoras da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Deixou o emprego quando se casou com Maurillo Simão da Silva, pernambucano de Garanhuns e que foi o primeiro servidor da Câmara de Araçatuba, para onde se mudaram – ele permaneceu por 47 anos no Legislativo, de 1948 até 1995; antes, a partir de 1942, foi funcionário, seis anos, da Prefeitura Municipal, na qual ingressou aos 14 anos de idade.

É filha única de Irinéia Naves de Jesus, paulista de Barretos, de 1913, que viveu 91 anos, e de João Cyrino de Campos, paulista de Araraquara, de 1898. O casal morou inicialmente num sítio na zona rural de São José do Rio Preto; depois foi para a cidade, passou dois anos em Tupã, SP, e se mudou para a Capital, em meados de 1949; ela inicialmente trabalhou como diarista e ele no Serviço Social da Indústria (Sesi), entidade de assistência social dos trabalhadores da indústria – em seguida, Irinéia coordenou os serviços gerais de manutenção da Clínica Médica do pneumologista Ajax da Silveira; e, muito religiosa, continuou a servir à Igreja Adventista do Sétimo Dia, da qual era obreira desde 1931, atuando no trabalho social e serviços comunitários, tendo ocupado cargos na instituição em São José do Rio Preto, Tupã, São Paulo e Araçatuba. Dedicada à família, sua casa acolhia os familiares que queriam estudar e ali ficavam por longas temporadas.

Filhos

Aidê Naves e Maurillo tiveram dois filhos: Lutero Naves de Campos Silva, em 1957; e Abilon, em 1958, que lhes deram seis netos e cinco bisnetos. Ela trabalhou na Prefeitura Municipal, passou em concurso para a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e decidiu crescer na atividade, fazendo os exames e chegando ao topo da carreira, como exatora, quando se aposentou. Já com os filhos criados, voltou a estudar, ingressando na Faculdade de Direito do Centro Universitário Toledo (UniToledo), que concluiu em 1989.

Casado com a médica Tânia Cristina Marcondes Lários Silva, Lutero também fez Direito na UniToledo e é empresário rural, plantando soja, atividade na qual tem a companhia de dois filhos: Maurillo José Marcondes Lários Naves de Campos Silva, formado na Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, e Economia, é palestrante, já escreveu diversos livros, orienta investimentos e cuida dos negócios da família em Rondonópolis, MT; e João Henrique, que completou apenas o segundo grau e administra a Fazenda Providência, de cultura de soja, no município de Meridiano, localizado no Oeste do Estado de São Paulo – a fazenda teve seu início no início do século passado, selecionando gado de leite da raça Gir, onde manteve a seleção por 60 anos; na primeira década de 2000 houve a necessidade de mudar a vocação dessa propriedade rural, passando para a cultura de cana, sendo todo o gado Gir enviado para a Fazenda Providencia em Itiquira, MT, cerca de 70 km ao norte de Rondonópolis, onde também o forte é a cultura de soja, sua atividade principal. A caçula, Paula Cristina, formou-se em Medicina Veterinária em São José do Rio Preto e quis cursar Medicina no Paraguai, que não concluiu, pois se engravidou, optando por cuidar do filho Joaquim José. Atualmente mora no Canadá, de onde coordena os serviços de logística da Bunge, empresa global de agronegócio, alimentos e ingredientes para nutrição animal, com sede em Saint Louis, Missouri, Estados Unidos.

Um dos maiores especialistas sobre os Naves nascidos no Brasil, com um blog que reúne informações da grande maioria dos descendentes a partir do primeiro, o português João de Almeida Naves, que chegou ao país em 1650, Abilon é advogado constitucionalista; assessora e dá consultoria a Prefeituras Municipais e políticos. Foi Procurador Geral no então recém-criado município de Santo Antônio do Aracanguá, SP, por 16 anos, quando organizou, para a Câmara Municipal, a Coletânea de Leis do Município. Como advogado fundou entidades naquela cidade, como a Associação dos Servidores Municipais, a Associação Recreativa, Cultural e Esportiva Municipal de Aracanguá, a Associação Cultural Aracanguaense de Difusão Comunitária, emissora comunitária de Rádio FM etc. Atuou, por vários anos, como advogado da Associação dos Engenheiros e Arquitetos da Alta Noroeste, SP.

Abilon, Lucineide e as três filhas (Foto do álbum de família)

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