A União Brasileira de Escritores, por sua Seção de Goiás, realiza nesta terça-feira, dia 4, às19h, em sua sede, Porto do Escritor, que fica na rua 21 nº 262 – centro, em Goiânia, a “Mesa redonda: 70 anos do I Congresso Nacional de Intelectuais – História e legado”. Serão três os participantes: o poeta e crítico literário Gilberto Mendonça Teles, com importante produção poética e estudos sobre o modernismo e a vanguarda na poesia; o jornalista Francisco Barros e o crítico literário Fernando Santos.

Gilberto é formado em Direito e Letras Neolatinas pela Faculdade de Filosofia da Universidade Católica de Goiás e em Direito pela Universidade Federal de Goiás, sendo professor-fundador dessas duas instituições de ensino superior; concluiu o Doutorado em Letras e é Livre-docente em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; formado como professor de Língua Portuguesa pela Universidade de Coimbra, em Portugal; ocupa, desde 11 de março de 1962, a cadeira nº 11 da Academia Goiana de Letras e foi eleito ‘Príncipe dos Poetas Goianos’.

Francisco é professor de Jornalismo no Centro Universitário Alves Faria (Unialfa) e mestre em Comunicação pela Faculdade de Informação e Comunicação da UFG, com dissertação enfocando justamente o I Congresso Nacional de Intelectuais; consultor de Comunicação, escritor, especialista em Assessoria de Comunicação e diretor de Novos Negócios da Interativa Comunicação & Eventos. Fernando é professor universitário.

Congresso

O I Congresso Nacional de Intelectuais foi um dos eventos culturais mais importantes do Brasil na década de 1950. “Para cá vieram intelectuais de todo o Brasil, além de representantes de nove países (Argentina, Chile, Costa Rica, Haiti, Itália, Paraguai, Portugal, Senegal e Uruguai). Entre os intelectuais estrangeiros sobressaiu o poeta e diplomata Pablo Neruda”, destaca Francisco Barros. Ocorrido em 1954, foi um marco na história brasileira, reunindo grandes nomes da literatura, das artes e das ciências sociais para debater o papel dos intelectuais “na construção de um Brasil mais justo e desenvolvido”.

“Ao completar 70 anos de sua realização o evento precisa ser lembrado e resgatado, uma vez que ele colocou Goiânia no centro do debate cultural. Permitiu o intercâmbio de uma cidade ainda provinciana com os grandes temas da agenda cultural mundial”, explicou. No evento se discutiu a preservação da cultura nacional e projetou o nome da jovem capital goiana para além-fronteiras. “O Congresso de Intelectuais foi, como bem lembrou o escritor Bernardo Élis, a nossa Semana de Arte Moderna”, completou.

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.