Dorvina Naves comemorou seus 96 anos ao lado dos filhos Cláudio e Fábio, com Laura e Liz
Mãe de quatro filhos, avó de quatro netos e bisavó de três bisnetas, Dorvina Naves Borges faleceu nesta sexta-feira, dia 2, em Buriti Alegre, GO; ela residia em Caldas Novas, GO, onde nasceu. Única filha dos primos Agnelina Naves de Souza e Pedro Borges Naves e muito querida, pela dedicação e amor com todos, ela se casou com o primo Otávio Naves, goiano de Buriti Alegre. Os quatro filhos, todos assinando Naves, também nasceram em Buriti Alegre.
Dorvina estudou em Araguari, MG, fez o Curso Normal no Colégio Padre Nestor Maranhão Marzola e lecionou no então curso primário do Colégio Estadual Pedro II, onde se aposentou.
Otávio nasceu na Fazenda Boa Esperança, de seus pais, major Agnelo Naves de Souza e Maria Laudelina de Jesus, onde cresceu, morou e trabalhou; em 1943, convocado para participar da II Guerra Mundial, alistou-se na Força Expedicionária Brasileira (FEB), mas ficou no Brasil, servindo no litoral paulista, em Cananéia, onde permaneceu por uns dois anos. Retornando a Buriti Alegre, atuou no comércio de tecidos e, depois, teve armazém.
Força e determinação
Dorvina e Otavio sempre viveram no meio familiar, na convivência entre parentes, ajudando-se mutuamente. Os dois filhos com necessidades especiais nunca foram barreiras para o convívio social da família; os pais se dedicaram a buscar recursos nos grandes centros, como São Paulo e Brasília, para o melhor desenvolvimento deles; Luis Otávio, o mais velho, de 1952, e Hugo, o caçula, de 1962, sempre tiveram bom relacionamento em Buriti Alegre, onde moravam, quando andavam pelas ruas, conheciam e se relacionavam bem com todos e foram muito queridos.
Ambos começaram a andar com nove anos de idade e ela sempre os carregou, sem jamais se queixar.
Os sobrinhos tinham em tia Dorvina um exemplo de coragem, dedicação e determinação. “Era uma pessoa muito especial, uma mãe em tempo integral. Nunca a encontramos chorando ou se lamentando, mesmo diante dos problemas os mais difíceis. Acreditava que tudo pode mudar, e para melhor”, afirmaram. Quem morou na casa dela lembra que lá se hospedavam os sobrinhos que vinham das fazendas para estudar, numa convivência muito salutar. “Ela acolheu a todos com atenção e carinho”.
Buscando melhor tratamento para os dois filhos, eles se mudaram em 1970 para Goiânia, onde ficaram por uns seis anos.
A força e a determinação do casal serviram de exemplo para toda família. Dorvina era uma mulher dinâmica, com garra e determinação; e Otávio, uma pessoa ponderada, tranqüila, sempre transmitindo segurança aos filhos, noras e netos.
Otávio entrou para a Secretaria da Fazenda do Estado, como agente arrecadador, e em função do cargo voltou para Buriti Alegre, onde se aposentou; faleceu em 2003.
Filhos empresários
Os outros dois filhos ficaram em Goiânia onde formaram suas famílias. Fábio, empresário, tem uma loja de suspensão, ‘Navauto’, na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia; é casado com Luzia Aparecida Silva e eles tem dois filhos, ambos goianienses e assinando Silva Naves: Lorena, formada em Administração – casada, tem três filhas: Liz, Laura e Lavínia; e Leonardo, formado em Turismo, atualmente morando na Califórnia, EUA, onde é taxista.
Cláudio, também empresário, trabalha na locação de equipamentos para construção civil, como gerente da empresa Betamax, em Caldas Novas; é casado com Miriam do Socorro Gonzaga Felipe, diretora do Instituto Pestalozzi na cidade; e eles têm dois filhos: Juliana, médica veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia, tem doutorado em Oftalmologia Veterinária, e João Otávio é formado em Educação Física.