Annunziata saudou as novas sócias (Foto de Nelson Santos)

A Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás poderia ser uma Academia como tantas e honrosas, “mas não é”, afirmou a acadêmica Custódia Annunziata Spenziere de Oliveira, musicista e professora, no discurso de acolhimento a três novas sócias, empossadas na manhã desta quinta-feira, dia 8, em Sessão Magna no auditório Augusto da Paixão Fleury Curado, do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. “A AFLAG é diferente porque surgiu de uma necessidade de abrir espaço e firmar presença, não apenas pela congregação de importantes intelectuais; surgiu para provar que lugares são feitos pela vontade e perseverança de pessoas que estejam dispostas a agir por um ideal. Aqui, pela arte e pela cultura”.

A AFLAG não é apenas mais uma academia, explicou Annunziata de Oliveira. “Aqui registram-se trabalhos de mulheres, que são seres delineados pela capacidade de criarem vida e, por meio dessa capacidade nata de criar, têm mãos que esculpem, que misturam cores, mãos e vozes que fazem música, pensamentos que constroem poemas, ações que fazem teatro”, esclareceu. “E não param aí. Dessa congregação de mulheres brotam encontros com escolas, inspirando crianças; discussões temáticas importantes que predeterminam mudanças de contextos”. Completou: a AFLAG nasceu da necessidade de criar mais espaço, “para fazer vicejar todas as formas de manifestação da arte, por concebê-la transformadora, educadora e imprescindível à sociedade. E foi feminina por isso: forte, porque tinha como meta a luta pelo ideal natural de toda mulher – criar e doar”.

                                                                    Beth Caldeira, Sônia Marise, Jacira Rosa, Maria Luiza e Jales Mendonça              (Foto de Nelson Santos)

Manhã musical

Com a expressiva participação de convidados, que lotaram os espaços do IHGG, a reunião, coordenada pela presidente Elizabeth Caldeira Brito, constou de café da manhã ao som de música da Orquestra Sinfônica de Goiânia; abertura com apresentação musical do cantor e compositor Marcelo Barra; hinos executados pela acadêmica Andréa Luísa Teixeira; e momento musical ao piano com as acadêmicas Consuelo Quireze e Maria Lúcia Roriz.

Em sua saudação, o presidente do IHGG, Jales Guedes Coelho Mendonça, fez uma homenagem especial a Beth Caldeira, que dedicou muitos anos de sua vida ao Instituto. Lembrou que ela, em livro que lançou em 2012, deu o nome de Casa Rosada de Goiânia à antiga casa que, reformada, tornou-se o novo espaço cultural do Instituto, que tem feito muito sucesso, abrigando muitas iniciativas culturais e se constituindo no principal ponto turístico da cidade, por sua beleza.

Novas acadêmicas

         Foram empossadas três novas sócias da AFLAG:

A Cadeira nº 4 passa a ser ocupada pela goianiense Sônia Marise Teixeira Silva de Souza Campos, professora de Língua Portuguesa, instrutora de cursos profissionalizantes e advogada atuante; é graduada em Letras (Português, Francês e Literaturas Correspondentes) pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e em Direito pela Universidade Federal de Goiás, por onde se especializou em Direito Civil, Direito Penal, Direito Processual Civil e Direito Processual Penal. Escritora, publicou quatro livros, todos pela Cânone Editorial: a trilogia “Escritos do Baú”, composta por “Guardados”, poemas, de 2005; “Outros Guardados”, prosa, 2012; e “Achados e Perdidos”, prosa e poemas, de 2016, e este ano lançou “Confissões de uma Caneta Sensível e Malcriada”. Foi Conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Goiás, ocupando importantes comissões. Articulista filiada à Associação Goiana de Imprensa, escreve para jornais e outros meios de comunicação; durante a epidemia de Covid-19 escreveu, produziu, roteirizou e fez locuções de audiovisuais sobre temáticas diversas, disponibilizando-os em seu canal no Youtube, em franca ajuda às pessoas isoladas. Concilia Literatura e Música, tendo produzido e gravado um CD solo, em italiano; é membro do Coro Toscanelli, da Associação Italiana de Goiás.

A Cadeira nº 19 foi assumida pela arquiteta Jacira Rosa Pires, goiana de Goianira, doutora pelo Programa de Teoria e História da Arquitetura pela Universidade Politécnica da Catalunha, Barcelona, Espanha, em 2006; fez Estudos Avançados em Composição Arquitetônica por essa Universidade espanhola; e se especializou em Planejamento Habitacional pela Universidade de Brasília (UnB). É graduada em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-Goiás; professora da Escola de Arquitetura Edgar Graeff, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, e do Mestrado em Serviço Social, ambos também da PUC-Goiás; e da Universidade Paulista. Trabalhou no Instituto de Planejamento Municipal, da Prefeitura de Goiânia, do qual foi, posteriormente, diretora de Planejamento Urbano; e na Companhia Habitacional de Goiás. Filiada ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás, é sócia titular do IHGG, Cadeira nº 26, e da Sociedade Goiana de História da Arquitetura; e sócia emérita do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado. Recebeu a Comenda do Mérito Arquitetônico e Urbanístico Atílio Correia Lima, da Câmara de Goiânia; e o diploma ‘Mulheres que engrandecem o Estado de Goiás’, da AFLAG. Pesquisadora e escritora, é autora do livro “Goiânia – Cidade pré-moderna do cerrado, 1922-1938”, lançado em 2008, e coautora de obras sobre história e urbanismo de Goiânia, trabalhos sobre o uso do solo em Goiânia e cidades do entorno e sobre a fazenda de Felipe Antônio Cardoso, no norte goiano, comprovando a visita do pesquisador e botânico Johann Emmanuel Pohl, que ali permaneceu por alguns dias, no século XIX, ao tempo da Capitania de Goiás.

A Cadeira nº 26 agora é ocupada pela goianiense Maria Luiza Póvoa Cruz, formada em Direito pela UFG; ingressou na carreira da magistratura em 1989, tendo sido Juíza nas Comarcas de Israelândia, Guapó, Ipameri e Goiânia; destacou-se pelo posicionamento sempre inovador e de vanguarda em questões de Direito Civil, especialmente nas áreas de Família, Sucessões e Contratos. Em 2010 fundou o escritório MLPC e Advogados Associados, dedicando-se à consultoria, assessoria e advocacia especializadas. É especialista em Direito Constitucional, Direito Penal e Direito Processual Penal, e pós-graduada pela Universo em Formação e Vivência. Foi diretora da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás e presidente da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFam), que presidiu em Goiás, entre 2007 e 2017. Professora da Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás, ocupa a Cadeira 47 da Academia Goiana de Direito e integra o Conselho Fiscal da instituição. Foi professora de cursos de graduação e pós-graduação da PUC-Goiás e da Universidade Salgado de Oliveira. Conquistou o título de cidadania de Guapó, Ipameri, Campo Alegre e Israelândia. Reconhecida nacionalmente, é requisitada para ministrar palestras em eventos jurídicos por todo o Brasil, compartilhando sua experiência como juíza e advogada. Escritora, é autora do livro “Separação, Divórcio e Inventário por via administrativa” e coautora de “Guarda Compartilhada”.

As acadêmicas da AFLAG presentes à posse das três novas confreiras / Foto de Nelson Santos

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