Regina Cândida Naves
Arquiteta e urbanista, graduada pela Universidade de Brasília (1980/1984), a goianiense Regina Cândida Naves era funcionária da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), do então Ministério do Interior, quando concluiu o curso. Incentivada pelos colegas, que conheciam sua vocação, logo foi aproveitada na área, após concurso interno, e pôde atuar em sua formação universitária, à qual se dedicou até se aposentar, em 2019.
Requisitada pelo Ministério da Fazenda e por sua Secretaria da Receita Federal elaborou projetos para atender as necessidades físicas desses órgãos. Dentre esses, o anteprojeto e projeto de arquitetura da sede do MF no setor Universitário com o Jardim Goiás, em Goiânia (2003-2004), e a licitação dos projetos complementares e executivo; a sede da Delegacia da Receita Federal em Anápolis, GO, no Bairro Jundiaí (2004-2005); e a sede do Ministério da Fazenda em Salvador. BA (2005-2006).
Ela tem três especializações: em Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística, pela UnB (monografia sobre regularização fundiária e a questão ambiental com vistas à sustentabilidade); Avaliação e Perícia da Engenharia, pelo Instituto de Pós-Graduação de Goiás, de Goiânia (monografia sobre calçadas, mobilidade e acessibilidade urbana); e em Docência Universitária, pela Faculdade de Goiás, de Goiânia (monografia sobre reforma universitária e pesquisa científica no Brasil).
Entusiasta da história, adquiriu os dois exemplares dos livros sobre a família Naves – “A história da Família Naves no Brasil”, das professoras da Universidade Federal de Uberlândia, Maria Helena Fernandes Cardoso e Vicentina Naves Fernandes, e “Árvore genealógica da Família Naves brasileira”, do pesquisador Nilson N. Naves, ambos com a colaboração do jornalista Jales Naves – e vai se debruçar nas descobertas que fará. “Gosto do trabalho da Dorinha e da Vicentina, duas pesquisadoras que conseguiram, com maestria, traçar a nossa história e nos dar uma visão desses 375 anos dos Naves no Brasil”, afirmou. “Também adoro tudo que o Jales faz. Escreve bem, envolve a gente em suas narrativas e nos deixa muito à vontade na leitura”, completou.
Carreira
Regina Cândida ingressou no Setor Público Federal pela então Sudeco; passou pelo Ministério da Fazenda; e se aposentou quando estava no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Superintendência do Patrimônio da União em Goiânia).
Ela começou dois cursos de graduação antes de optar pela Arquitetura: Artes Visuais, na Universidade Federal de Goiás (1977/1979), e Geografia, na Pontifícia Universidade Católica de Goiás, que não completou. Ainda, foi aluna especial do Mestrado em Tópicos Especiais em Poéticas Visuais (Paisagens Urbanas), na UFG.
Ligada à história, à arte e à influência da natureza na arquitetura, com enfoque ambiental e atitudes referentes à sustentabilidade, aprimorou esse dom em constantes viagens ao exterior, para estudar e conhecer países que adotam essas práticas inovadoras.
Empreendedora, manteve durante um período um restaurante de comida por peso no bairro de Campinas.
O filho Rodrigo Naves Amorim, goianiense, psicólogo pela PUC Goiás.
Atuação profissional
No Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Regina Cândida atuou na Secretaria do Patrimônio da União, de 2000 a março de 2019, como arquiteta e urbanista, lotada na Divisão de Caracterização e Incorporação da Superintendência do Patrimônio da União em Goiás (2016-2019); superintendente substituta da SPU em Goiás, 2016; chefe da Divisão de Destinação da SPU-GO (2011 a 2014); e chefe substituta da Divisão de Identificação e Fiscalização da SPU-GO.
No período de 1991 a 2011 cuidou da avaliação, levantamento, vistoria, caracterização e fiscalização dos imóveis da União nos estados de Goiás e Tocantins; elaboração do Projeto de Urbanismo em área de expansão urbana desmembrada da Fazenda Malícia em Corumbá de Goiás, GO, terreno da União, atendendo ao Programa de Governo de Provisão Habitacional de Interesse Social/Ambiental e Regularização Fundiária. (2010); coordenação dos Projetos Complementares de Urbanismo em terreno da União em Corumbá de Goiás (2011); elaboração e coordenação de projetos de ‘layout’ do Núcleo de Atendimento ao Público, nas Superintendências do Patrimônio da União nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e coordenação dos projetos de outras regionais brasileiras; e participou de mutirão de processos da SPU/SP, avaliação e cálculos de Laudêmios de imóveis da União situados no estado de São Paulo (1997/2001).
No Ministério da Fazenda, por sua Secretaria do Patrimônio da União e Delegacia em Goiás, foi Chefe Substituta da Seção de Engenharia da DPU em Goiânia (1991/1999), quando participou da elaboração de anteprojeto de Arquitetura da sede da DRF em Goiânia; implantação de projeto de arquitetura, padrão, em terrenos da União, com vistas à instalação das Agências da Delegacia da Receita Federal no interior de Goiás, Tocantins e Mato Grosso do Sul (2000/2002). Ainda, participou da elaboração de projeto de Arquitetura da sede do Ministério da Fazenda em duas capitais, e da sede da DRF em Anápolis, foi fiscal e acompanhou o desenvolvimento dos projetos arquitetônico e complementares licitados para essas construções (2004/2008).
No Ministério do Interior, esteve na Sudeco, de início no nível médio, no Departamento do Desenvolvimento Local (1980-1984); e no nível superior, no cargo de arquiteta da União no DDL/Sudeco em Brasília, quando passou a elaborar anteprojetos de arquitetura e urbanismo para os municípios do Centro-Oeste, dentre outras atividades (1984/1990). Participou de grupo de pesquisa do professor Eurico Salviati, pela Secretaria de Preservação do Patrimônio Histórico Nacional, atual IPHAN, do Ministério da Educação e Cultura, em Brasília (1983).

