Pedro Celestino (Quadro da Galeria dos ex-Presidentes da Assembleia Legislativa de Goiás)

Advogado, educador e jornalista, Pedro Celestino da Silva Filho, goiano de Corumbaíba, de 1915, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás, em 1958, quando foi orador da turma. Foi Secretário de Segurança Pública do Estado, deputado estadual por três legislaturas e ocupou a Presidência da Assembleia; duas vezes deputado federal e cassado pelos militares. Foi conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (1983-85), que presidiu em 1985 e por onde se aposentou. Advogou em Brasília.

Escritor, em 31 de julho de 1955 foi eleito para a Academia Goiana de Letras (Cadeira 23), que presidiu em 1959, e foi um dos fundadores da Academia de Letras de Brasília. Era sócio da União Brasileira de Escritores, Seção de Goiás, da Associação Goiana de Imprensa, da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Goiás, e da Casa do Poeta Brasileiro, de Brasília, além de outras instituições sociais e culturais.

Filho de Pedro Celestino da Silva e de Durvalina Rodrigues Naves. Em 1921, iniciou os estudos primários em sua terra natal. Matriculou-se no Internato de São José, em Mendes, Estado do Rio de Janeiro, em 1927. Transferiu-se, em 1928, para o Seminário Episcopal de Bonfim (Silvânia, GO). Ingressou, em 1931, na Escola Normal de Morrinhos, GO. Em 1933, lecionou no Grupo Escolar Coronel Pedro Nunes. Tornou-se, em 1934, professor de Português e Francês da Escola Normal. Faleceu em 1996, em Goiânia, aos 81 anos.

Trajetória

Pedro Celestino começou suas atividades profissionais e políticas em Morrinhos. Entre 1936 e 1940 Juiz Distrital, escrevente substituto do Cartório do 1º Ofício e secretário da Prefeitura, na gestão de Guilherme Xavier de Almeida. Casou-se em 1942 com Zuleica Borges Pereira, que também era professora, contabilista e advogada, com quem teve três filhos: Pedro Neto, Paulo de Tarso e Gilka Maria; nessa cidade fundou o jornal “O Liberal, que dirigiu de 1945 a 1954.

Filiado ao Partido Social Democrático (PSD) em 1945, foi Secretário do Diretório Municipal de Morrinhos e pela legenda se elegeu deputado estadual (1951-55) no pleito suplementar de março de 1951. Assumindo sua cadeira nesse ano, tornou-se vice-presidente da Assembleia Legislativa e em 1954 participou da Comissão de Estudos sobre Reforma Agrária, que visitou a Síria, a convite do Governo desse país.

Sempre na legenda do PSD, foi reeleito sucessivamente em outubro de 1954 (1955-59) e de 1958 (1959-63); foi presidente da Assembleia (1955 e 1956) e das comissões de Finanças e de Justiça, além de líder da bancada de seu partido.

Em 1957 foi eleito Secretário-Geral do Diretório Estadual do PSD.

No pleito de outubro de 1962 elegeu-se deputado federal por Goiás (1963-67), ainda na legenda do PSD, assumindo sua cadeira em fevereiro do ano seguinte, depois de deixar a Assembleia.

https://portal.tce.go.gov.br/-/pedro-celestino-da-silva-filho

Após o movimento político-militar de 31 de março de 1964, com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27.10.1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se em 1966 ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar, tendo sido o primeiro Presidente de sua comissão executiva em Goiás.

Em novembro de 1966, já no MDB, foi reeleito deputado federal por Goiás (1967-71) e no ano seguinte tornou-se diretor-presidente do jornal “O Social”, de Goiânia. Atuou também no jornal “Diário da Tarde”. No exercício de seu mandato foi vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça e membro das comissões de Agricultura e Política Rural, de Minas e Energia, de Orçamento e do Distrito Federal. Integrou ainda várias comissões mistas (Emenda Constitucional sobre Inelegibilidades, Justiça Eleitoral e Código Eleitoral, Código Brasileiro do Ar, Código de Obrigações e Plano Habitacional) e especiais da Câmara dos Deputados.

Em março de 1969 teve seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos por dez anos, com base no Ato Institucional nº 5, editado em dezembro do ano anterior.

Com a criação do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) filiou-se e foi seu Presidente Regional.

Livros

Pedro Celestino publicou 11 livros: “Ligeiros dados histórico-geográficos de Morrinhos” (1941), “Rabiscos” (poesias, 1942), “Motivos sertanejos” (1948), “Seara de ideais” (discursos, 1962), “O arroz na economia goiana” (1963), “Cruzada do níquel” (discursos, 1964), “Prisão Preventiva Compulsória” (1966), “Inconstitucionalidade da Sub-Legenda” (1968), “Rosas Atômicas” (1977), “Vivendo” (artigos, 1983) e “Da janela do Trem” (1992).

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