A Editora Scortecci, de São Paulo, está completando 43 anos e vai comemorar a data, dia 16 de agosto, um sábado, no Espaço Scortecci (Rua deputado Lacerda Franco, 96 – Pinheiros), com intensa programação cultural. Na agenda, o lançamento de duas antologias – de poesias, contos e crônicas ‘Na linha das palavras’, com a presença de autores, e dos vencedores do 7º Prêmio Scortecci de Poesias 2025; recital poético e leitura de textos no Jardim Literário; e o lançamento de 15 novos livros.
Em sua história, a editora conserva os objetivos e propósitos de sua fundação: editar, imprimir e comercializar livros, promover e apoiar concursos e prêmios literários, realizar recitais e leitura de textos, participar de feiras e bienais do livro, organizar antologias literárias, realizar cursos, palestras e oficinas sobre o livro e a arte de escrever, trabalhar pela formação e ampliação de bibliotecas públicas e comunitárias e fomentar o hábito da leitura.
Serão lançados os livros ‘A Caneta Mágica’, de Aldirene Máximo (Infantil); ‘A Noite Lilás – Poemas / La Nuit Lilás – Poémes’, de Maria Mortatti (Poesia); ‘A Primavera Chegou’, de Aldirene Máximo (Infantil); ‘Aventuras de um Repórter Aéreo’, de Geraldo Nunes (Autobiografia); ‘Cahier de Poésie 3 – Caderno de Poesia 3’, de Michel Thiollent (Poesia); ‘Carne e Alma na Poesia’, de Marlene Caminhoto (Poesia); ‘Menino Tipográfico e outras Histórias’, Volume 4, de João Scortecci (Crônica); ‘Na Linha do Cerol – Reminiscências Poéticas’, Versão 3 (Poesia); ‘Nos Passos de me Encontrar’, de Márcia Etelli Coelho (Pensamentos); ‘O que Há em Mim’, de Alcidéa Miguel (Poesia); ‘Os Nossos Autos – Edificando a Saúde Emocional’, de Marli Etelli Coelho (Saúde); ‘Outros Contos do Sr. Max’, de Cesar Mangiacavalli (Conto); ‘Pó das Estradas’, de João Paulo Naves Fernandes (Poesia); ‘Quebrada – De Pedra que Brada’, de A. S. Klafke (Poesia); e ‘Uma História de Vampiro’, de Regina Sormani (Ficção).
SCORTECCI
A Scortecci nasceu em agosto de 1982, uma sexta-feira 13, na Galeria Pinheiros, loja 13, na Rua Teodoro Sampaio 1704, São Paulo, Capital. É uma editora laureada, com mais de 42 anos no mercado editorial brasileiro.
Edita, imprime e comercializa livros em pequenas tiragens desde 1982. Possui gráfica própria com tecnologia digital, acabamento de qualidade, sofisticado controle de vendas e central de logística. São mais de 11 mil títulos publicados na primeira edição. Já recebeu os prêmios: Jabuti, APCA, FBN, ABL e PEN Clube. Foi ainda finalista do Prêmio Jabuti, por mais sete vezes, nas categorias: Poesia, Contos, Reportagem, Adaptação e romance (autor estreante).
A Scortecci é associada da Câmara Brasileira do Livro (CBL), da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).
Desde 1994, a Scortecci marca presença na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, com estande próprio e programação intensa. Foram quinze participações, de 1994 a 2024, e também participação no 1º Salão do Livro de São Paulo em 1999 e da 1ª Bienal Internacional Virtual do Livro de São Paulo em 2020.
ESCRITOR
Um dos autores a ter sua obra lançada, João Paulo Naves Fernandes nasceu em José Bonifácio, SP, no dia 09 de agosto de 1949, filho de Solon Fernandes e Sebastiana de Souza Naves Fernandes – ele, juiz; ela, professora do grupo escolar local. Aos cinco anos, saiu com a família para a Capital, indo todos morar com a avó, dona Felicidade, na Av. Duque de Caxias. Em 1959, mudou-se para o bairro de Perdizes, onde tem sedimentadas as suas raízes, tornando-se paulista de criação.
A partir de 1970, começou a desenvolver sua atividade literária, que se definiu depois de 1974, quando se propôs a trabalhar dentro da poesia como meio existencial, onde tira a matéria prima para sua sobrevivência. Com grande experiência em Recursos Humanos, desenvolveu atividades de treinamento em vários segmentos profissionais, de diversos Estados. Participou do processo de redemocratização do país e, uma vez alcançado o objetivo, optou por uma ação direta, voltada aos mais necessitados, via Pastorais da Saúde, no Hospital das Clínicas, e da Carcerária, na Delegacia 89, e com o povo de rua nas noites de sexta, no centro de São Paulo.
Publicou três livros de poemas: “Chão do Mundo”, em que retrata o coração do operário do ABC; “Banidos e Profanos”, que denuncia a contenção dos sentimentos e pensamentos imposta pelo autoritarismo; e “Dito Pelo Não Dito”, expondo a presença das estruturas que impedem a expressão da palavra. Aventura-se, agora, com “As Pedrinhas dos Nomes Novos e Outros Contos de Natal”, num resgate do principal desta festa, que é a encarnação de Cristo, descartando tudo o que é acessório, e “Gota Serena”, uma decantação do tempo sobre o ilusório, filtrando o essencial. Sempre de raízes fincadas na vida, como dizia Pessoa: “fui como ervas, e não me arrancaram”. Agora é hora de agir.