O Instituto Histórico e Geográfico de Goiás dará sequência nesta sexta-feira, dia 8, às 9h, à sua programação cultural deste mês, com a apresentação de dois autores cariocas, integrantes do Pen Clube, organização internacional fundada em 1921 com o objetivo de promover a literatura, defender a liberdade de expressão e fomentar a compreensão internacional entre escritores: palestra “Vinícius de Moraes, sentimento e êxtase”, com Ricardo Cravo Albin, presidente do Pen Clube do Brasil; e lançamento do livro “Ribalta carioca – Clássicos do teatro”, do escritor Sergio Fonta, presidente da Academia Carioca de Letras.

Também conhecido como Pen Internacional, o nome é um acrônimo de “Poets, Essayists, Novelists” (Poetas, Ensaístas e Romancistas), refletindo a diversidade de seus membros, e possui centros em diversos países.

Ricardo Albin

Conhecido por seu trabalho como jornalista, pesquisador e historiador da Música Popular Brasileira (MPB), além de ser fundador do Museu da Imagem e do Som (MIS) e do Instituto Cultural Cravo Albin (ICCA), Ricardo Cravo Albin está em seu segundo mandato como presidente do Pen Clube. Ele tem uma longa trajetória na pesquisa e divulgação da MPB, com destaque para o seu “Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira”, com cerca de sete mil verbetes, reconhecido pela Unesco como um dos maiores dicionários sobre a música popular de um país. Ele promove a cultura brasileira em seu trabalho no ICCA.

É um dos grandes nomes da cultura brasileira, membro da Academia Carioca de Letras e respeitado no meio cultural, principalmente com grandes histórias sobre a música. Neste ano, em parceria com a Prefeitura de Maricá, comandada por Washington Quaquá, abrirá uma filial do seu instituto na cidade. Ele foi Secretário de Cultura de Quaquá na primeira gestão do Prefeito.

Sergio Fonta

O escritor Sergio Fonta ocupa a Cadeira nº 14 da Academia Carioca de Letras, que tem como patrono Dom Pedro II e ocupantes anteriores J. Paulo de Medeiros, Paulo Coelho Neto, Álvaro Faria e Ronaldo Rogério de Freitas Mourão. Ele nasceu no Rio de Janeiro, é dramaturgo, jornalista, ator e diretor, com oito livros editados, entre eles “Sangue central”, “Passageiros da estrela” eO peixe que virou artista”, todos pela Ed. José Olympio, além dos volumes “Rubens Corrêa / Um salto para dentro da luz”, (Ed. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo), indicado para o Prêmio APTR 2011 na Categoria Especial, e “O esplendor da comédia e o esboço das ideias: dramaturgia brasileira dos anos 1910 a 1930 (Ed. Funarte, 2012). Uma crônica de Clarice Lispector com poema do autor, anteriormente publicado na coluna da escritora (“Jornal do Brasil”), consta dos volumes “A Descoberta do Mundo” (Ed. Nova Fronteira) e “Eu Sou uma Pergunta” (Ed. Rocco, Teresa Cristina Montero). Escreveu também o ensaio “A perene idade das estrelas”, sobre a atriz Dulcina de Moraes, publicado no livro “A mulher e o teatro brasileiro do século XX” (Ed. Hucitec).

Cinco textos seus e dois roteiros para teatro foram encenados no Brasil, além de duas outras peças premiadas, traduzidas e transmitidas pela Rádio de Colônia, na Alemanha, quando ganhou o Prêmio Especial do Júri no I Concurso de Peças Radiofônicas (Instituto Goethe/WDR). Entre teatro e poesia conquistou 13 premiações, como o 1º lugar no IV Concurso Opinião de Dramaturgia, o 1º lugar no Prêmio UBE de Dramaturgia Inédita e a “Medalha Joaquim Norberto” como Autor e Pesquisador.

Ator, trabalhou em novelas de Janete Clair, Marcílio Moraes e Walcyr Carrasco e em mais de 30 espetáculos, alguns deles em obras de Honoré de Balzac, William Shakespeare, Jean-Paul Sartre e Nelson Rodrigues. Dirigiu peças e leituras públicas, ganhando o Prêmio Marco Polo, como Melhor Diretor.

Jornalista, realizou mais de 300 matérias para diversos veículos, como “Jornal de Ipanema”, “Jornal de Letras”, “O Globo” e “Jornal do Brasil”, entrevistando, entre outros, Burle-Marx, Chico Buarque de Holanda, Djanira, Elis Regina, Fernanda Montenegro, Fernando Sabino, Ferreira Gullar, João Cabral de Melo Neto e Vinicius de Moraes. Em 2006, entrevistou dezenas de atores para o Canal Virtual Funarte, entre eles Tônia Carrero, Paulo Autran, Eva Todor e Sergio Britto. Durante quatro anos redigiu e foi o diretor-geral do “Boletim Corta-Jaca”, publicação virtual do Instituto Cultural Chiquinha Gonzaga, do qual foi o primeiro Presidente. Há seis anos produz e apresenta o programa “Tribo do Teatro”, na Rádio Roquette-Pinto FM. Fez parte de dezenas de curadorias para premiações, análise e seleção de projetos culturais. Foi membro do júri do Prêmio Shell de Teatro durante 14 anos, é Presidente do Júri da FITA, a Festa Internacional de Teatro de Angra, e integra a comissão de jurados do concurso “Seleção Brasil em Cena”.

Trabalhos seus foram publicados na “Revista Brasileira”, da Academia Brasileira de Letras; nas revistas da Academia Carioca de Letras e da Academia Luso-Brasileira de Letras; na “Revista de Teatro” / SBAT, “Cadernos de Teatro / Tablado”, na “Revista Dramaturgia & Teatro” e na “Antologia da Nova Poesia Brasileira”, entre outras. Assina o capítulo “Teatro no PEN: um Palco nas Mãos de Eurídice”, no livro comemorando os 80 anos do Pen Clube do Brasil, do qual é membro-titular, quando preencheu a vaga deixada por Dias Gomes, da Academia Brasileira de Arte, na Cadeira 40, cujo patrono é Artur Azevedo, e da Academia Carioca de Letras, para a qual foi eleito em 2014.

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