Otávio Naves e Dorvina Naves Borges, em 1949

 

Única filha dos primos Agnelina Naves de Souza e Pedro Borges Naves e muito querida, pela dedicação e amor com todos, Dorvina Naves Borges completou neste domingo, dia 22, 96 anos de idade. Ela se casou com o primo Otávio Naves e tiveram quatro filhos, todos nascidos em Buriti Alegre, GO. Dois deles, Luís Otávio, o primogênito, e Hugo, o caçula, nasceram com necessidades especiais e já faleceram.

Os Naves que se mudaram de Igarapava, SP, no início do Século 20, para Goiás, tendo à frente Guilherme Naves de Souza, filho de Luzia Clara da Luz e João Cardoso de Souza, primeiro se instalaram em Buriti Alegre, com um núcleo da família se mudando para Caldas Novas, GO, onde se fixou ao pé da serra, na Fazenda Água Quente, e em seguida foi para Firminópolis, GO.

Pessoa forte e determinada, irmã de Guilherme, Calista Maria de Jesus, paulista de Franca, casou-se ainda em São Paulo com Joaquim Borges de Carvalho, com quem teve 10 filhos, todos assinando Borges Naves, dos quais o primogênito Pedro Borges Naves. Depois, o seu núcleo familiar também se mudou para Goiás; ela era uma presença marcante e sua passagem por Buriti Alegre rendeu o nome de um ribeirão, que se chama, em sua homenagem, “Ribeirão da Calista”.

Em família

Filha de Guilherme e Inez, Agnelina, que era tratada carinhosamente como ‘Fia’, paulista de Franca, onde nasceu em 1898, casou-se duas vezes: a primeira com João Lucindo de Morais, com quem teve três filhos: Antônio, José e Pedro; e a segunda com o primo Pedro, paulista de Igarapava, com quem teve a filha Dorvina.

Primos primeiros e ambos goianos, Dorvina Naves Borges e Otávio Naves sempre viveram no meio familiar, na convivência entre parentes, ajudando-se mutuamente; casaram-se e tiveram quatro filhos, todos assinando Naves: Luís Otávio, Fábio, Cláudio e Hugo.

Natural de Caldas Novas, Dorvina fez o Curso Normal no Colégio Padre Nestor Maranhão Marzola e lecionou no então curso primário do Colégio Estadual Pedro II, onde se aposentou.

Otávio nasceu em Buriti Alegre, na Fazenda Boa Esperança, de seus pais, major Agnelo Naves de Souza e Maria Laudelina de Jesus, onde cresceu, morou e trabalhou; em 1943, convocado para participar da II Guerra Mundial, alistou-se na Força Expedicionária Brasileira (FEB), mas ficou no Brasil, servindo no litoral paulista, em Cananéia, onde permaneceu por uns dois anos. Retornando a Buriti Alegre, atuou no comércio de tecidos e, depois, teve armazém.

Os dois filhos com necessidades especiais nunca foram barreiras para o convívio social da família; Dorvina e Otávio se dedicaram a buscar recursos nos grandes centros, como São Paulo e Brasília, para o melhor desenvolvimento dos dois; Luis Otávio e Hugo sempre tiveram bom relacionamento em Buriti Alegre, onde moravam, quando andavam pelas ruas, conheciam e se relacionavam bem com todos e foram muito queridos.

A força e a determinação do casal serviram de exemplo para toda família. Dorvina era uma mulher dinâmica, com garra e determinação; e Otávio, uma pessoa ponderada, tranqüila, sempre transmitindo segurança aos filhos, netos e noras

Buscando um melhor tratamento para seus dois filhos especiais, a família se mudou, em 1970, para Goiânia, onde ficou por uns seis anos. Ele entrou para a Secretaria da Fazenda do Estado, como agente arrecadador, e em função do cargo voltou para Buriti Alegre, onde se aposentou. Otávio faleceu em 2003.

Filhos empresários

Os outros dois filhos ficaram em Goiânia onde formaram suas famílias. Fábio, empresário, tem uma loja de suspensão, ‘Navauto’, na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia; é casado com Luzia Aparecida Silva e eles tem dois filhos, ambos goianienses e assinando Silva Naves: Lorena, formada em Administração; e Leonardo, formado em Turismo.

Cláudio, também empresário, trabalha na locação de equipamentos para construção civil, como gerente da empresa Betamax, em Caldas Novas; é casado com Miriam do Socorro Gonzaga Felipe, diretora do Instituto Pestalozzi na cidade; e eles têm dois filhos: Juliana e João Otávio.

Exemplos

O pai de Dorvina, Pedro, morou e trabalhou na lavoura em Buriti Alegre e depois se mudou para Firminópolis, onde também trabalhou como lavrador; em abril de 1974 era filiado ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais daquele município, com a matrícula nº 1.533.

Os sobrinhos têm na tia Dorvina um exemplo de coragem, dedicação e determinação. “É uma pessoa muito especial, uma mãe em tempo integral. Nunca a encontramos chorando ou se lamentando, mesmo diante dos problemas os mais difíceis. Acreditava que tudo pode mudar, e para melhor”, diziam.

Os dois filhos excepcionais começaram a andar com nove anos de idade e ela sempre os carregou, sem jamais se queixar. Quem morou na casa dela em Goiânia lembra que lá se hospedavam os sobrinhos que vinham das fazendas para estudar, numa convivência muito salutar. “Ela acolheu a todos com atenção e carinho”.

Dorvina Naves com o afilhado Luiz Humberto

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