Dona Nenzinha Naves, ladeada pela filha Regina Cândida e o neto, psicólogo Rodrigo Naves Amorim

 

         Discreta e sempre presente, colaborando e tornando possível superar algumas dificuldades que as pessoas colocam, a arquiteta Regina Cândida Naves assumiu uma função difícil e ao mesmo tempo prazerosa, que é cuidar da mãe, Maria Luiza Naves, a querida dona Nenzinha, que vive seus 104 anos. Difícil porque, tendo rompido a barreira dos 100 anos, e não aceitando as limitações naturais da idade, dona Nenzinha continua independente, quer fazer tudo sozinha e pouco aceita a ajuda de terceiros. Quando um filho está presente e quer ajudá-la na alimentação, pegando a colher para colocar a sopa em sua boca, logo ela inverte a situação e quer ela também servir a comida ao filho.

Regina Cândida se casou, tem um filho, Rodrigo Naves Amorim, e eles gostam de interpretar os desejos da mãe e da avó e, sabedores de suas vontades, decidiram levá-la ao Fórum Naves Brasil, que vai acontecer no sábado, dia 18, no San Marco Hotel, em Brasília. Maria Luiza gosta de reuniões de família, de participar e, certamente, vai cantar as belas canções que aprendeu com o padre Pelágio nas aulas de canto que teve na então vila de São Geraldo. Ela chegou ao então pequeno povoado em 1925, com poucas casas, quando ainda fazia parte do município de Campinas, e ali estava quando se tornou distrito em 1935 e logo passou a integrar a área do município da nova Capital, Goiânia, em meados dessa década.

Outra decisão da Regina Cândida: adquirir os dois livros sobre a família Naves, para conhecer mais as histórias ali registradas e poder viajar na imaginação que os registros do tempo permitem àqueles que apreciam a leitura. “Gosto do estilo do Jales, sempre detalhando fatos e nos inserindo nesse contexto, como se ali estivéssemos vivendo aqueles momentos, convivendo com as pessoas”, afirmou.

O livro “A história da família Naves no Brasil” foi uma iniciativa de duas irmãs, professoras e pesquisadoras na Universidade Federal de Uberlândia, Maria Helena Fernandes Cardoso e Vicentina Naves Fernandes. Elas tiveram uma grande convivência em família, que era numerosa em Monte Carmelo, MG, e foram anotando os causos que ouviam dos pioneiros, as histórias, e buscaram os registros oficiais para a montagem da obra, hoje leitura obrigatória dos familiares. Mais tarde, quando começou a coletar informações sobre a família, Jales Naves colaborou, repassando esses dados, que publicou, primeiro, na revista “Família Naves” e, depois, no boletim “Notícias de Naves”, que pode ser transformado em livro, diante do volume de informações que contém.

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.