Profissional que sempre se destacou em seu meio, nas entidades em que atuou e nas empresas em que trabalhou, o jornalista Jales Naves, 74 anos, está completando 56 anos de dedicação ao Jornalismo e 55 à Associação Goiana de Imprensa (AGI). Começou na profissão ao ser admitido, em 11 de junho de 1968, como repórter na Rádio Brasil Central, e depois passou para a Agência Goiana de Notícias (AGN), ambas do Consórcio de Empresas de Radiodifusão e Notícias do Estado (CERNE), onde dirigiu programas da TV Brasil Central. Em novembro de 1968 ingressou na AGI, participando de quatro diretorias – Diretor-Secretário (1982/85), Presidente em dois mandatos consecutivos (1985/1991) e Presidente do Conselho Deliberativo (1991/94). Em suas gestões à frente da Associação, dinâmicas e produtivas, lançou o Prêmio AGI de Reportagens, para valorizar o trabalho dos profissionais nas redações, com a promoção de quatro edições, e o Projeto Goianidade, de união de todos os setores para lutar por uma pauta comum em benefício de Goiás.

                Reconhecendo o trabalho que realiza, a Diretoria da AGI, ao programar as comemorações pelos 90 anos da Associação, decidiu homenageá-lo pelos relevantes serviços prestados a Goiás e à entidade, concedendo-lhe o diploma de Sócio Benemérito, a ser entregue nesta sexta-feira, dia 28, às 9h. “Sempre com texto claro, objetivo e com muitas informações, Jales tem marcado sua atuação profissional e sua trajetória com trabalhos de grande repercussão”, afirmaram os dirigentes na justificativa da decisão. “É um profissional respeitado, que muito contribui com a profissão e com as lutas profissionais” e por isso “é justo e oportuno que possamos demonstrar a ele, ainda atuando profissionalmente, o nosso apreço e o nosso agradecimento por tudo que faz”.

Estudante

                A Universidade Federal de Goiás criou, em 1968, o seu Curso de Jornalismo e já no ano seguinte, 1969, Jales passou no vestibular e ingressou na UFG. Como estudante, participou de muitas iniciativas, como a produção do documentário sobre os XX Jogos Universitários Brasileiros, disputados em Goiânia, em 1969; elaborou artigos, como para a revista “Informática”, do Departamento de Comunicação Social do Instituto de Ciências Humanas e Letras da UFG, e para o livro “Aspectos da Cultura Goiana”, antologia de artigos organizada pelos professores Ático Vilas Boas da Mota e Modesto Gomes da Silva, publicada pelo Departamento Estadual de Cultura, em 1971; e foi o editor da terceira edição do jornal-laboratório “O Foca”, do Departamento de Comunicação Social do ICHL/UFG, sobre o movimento cultural em Goiás, representando o corpo discente, em abril de 1972.

Integrando a delegação goiana, esteve em congressos e reuniões em universidades pelo país. Com as informações que colheu foi um dos fundadores do Centro de Estudos de Comunicação, no âmbito da UFG, em Goiânia, em 1972, para promover estudos e debates na área, e eleito o seu primeiro Presidente. Dentre suas realizações, o ousado I Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação, de 1º a 4 de novembro, no Colégio Universitário, num momento tenso na vida do país; presidiu o ato de abertura e produziu o “Documento de Goiânia”, anais do I Encontrão, como foi chamado, pela Editora do Livro Goiano, em 1973.

Pós-graduação

                Como concluiu o Curso de Jornalismo em dezembro de 1972, que ainda não era reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura, obteve uma declaração da UFG de que tinha terminado sua formação. O documento lhe permitiu conquistar a bolsa de estudo da Organização dos Estados Americanos (OEA) e participar do XIV Curso Internacional em Ciências da Informação Coletiva, em Quito, Equador, de 16 de julho a 14 de setembro de 1973, no Centro Internacional de Estudos Superiores de Periodismo para América Latina (CIESPAL).

                No ano letivo 1977/78 fez a parte teórica do Curso de Comunicação Social da Universidade Católica de Louvain, em Louvain-la-Neuve, Bélgica, em nível de pós-graduação.  

Em 1989 concluiu o Curso de Especialização em Administração de Cooperativas, com 540 horas/aula em 18 módulos, pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás / Coordenação de Pós-Graduação Lato Sensu, em Goiânia.

Profissão

                Conciliando estudos e prática profissional, Jales continuou na AGN, que depois foi transformada em Agência Goiana de Divulgação, onde ocupou as principais funções na atividade jornalística: Repórter, Redator, Editor, Secretário de Redação e Redator-Chefe. Ao mesmo tempo, começou a trabalhar em jornais, passando pelo “Tribuna de Goiás”, em maio e junho de 1969, como Repórter; “Folha de Goiaz”, diário, setembro de 1969 a julho de 1970, Repórter, e de maio a junho de 1976, como Chefe de Reportagem; “O Popular”, diário, de setembro de 1970 a março de 1974, na Editoria Nacional, Redator da Editoria Local e Editor de Turismo; e “Cinco de Março”, semanário, agosto e setembro de 1978, Redator. Foi Redator-Chefe da revista “Material – Preços e Obras”, especializada em construção civil, com circulação dirigida para Goiânia e Brasília, nas duas primeiras edições, 1972; e colaborador da revista “Leia Agora”, editada em Goiânia, GO.

Coordenou a comissão organizadora da Cooperativa dos Jornalistas de Goiás Ltda. (Projornal), foi um dos fundadores, integrou o Conselho de Administração na primeira gestão; Presidente no biênio 1981/83; Coordenador da Divisão de Jornalismo e membro do Conselho Editorial do “Jornal de Deboche”, ambos da Projornal. Representou a entidade em chapa que venceu as eleições, em abril de 1979, para reestruturar a então inexpressiva Organização das Cooperativas do Estado de Goiás, ficando na direção da OCG por 11 anos: assumiu a Presidência em julho de 1979, cumprindo dois mandatos, acumulando com a Secretaria-Executiva, cargo transformado em Superintendência; contratado Superintendente em abril em 1984; e eleito Vice-Presidente da OCG para o triênio 87/90, passando a acumular a Superintendência, ocupando este último cargo até maio de 1990.

Foi Professor substituto de quatro disciplinas do Curso de Jornalismo da UFG: “Jornalismo Comparado”, “História dos Meios de Comunicação”, “Introdução às Técnicas de Jornalismo e Editoração” e “Técnicas de Produção e Difusão Jornalísticas”, no período de afastamento dos professores Joãomar Carvalho de Brito Neto e Nilton José dos Reis Rocha, que faziam curso de pós-graduação na Bélgica.

Sócio da Editoria Naves, prestou assessoria na área de comunicação a pessoas, empresas e instituições, públicas e privadas, como a Associação de Armazéns Gerais de Goiás (AAGG); Fundação Municipal de Desenvolvimento Comunitário (Fumdec); Leonardo Rizzo Participações Imobiliárias Ltda.; Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Edifícios em Condomínios Residenciais e Comerciais nos Estados de Goiás e Tocantins (Sindicato da Habitação / Secovi-GO); Arprom Promoções e Produções de Eventos; Associação dos Lojistas do Shopping Bougainville; Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás; e Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Goiás.

Participou da equipe que publicou a revista/gibi “Romãozinho” (oito edições), em 1987; e editou o “Jornal do Trânsito”, de março de 1999 a junho de 2002; e a “Família Naves em revista”, de setembro de 2006 a 2008 (nove edições).

Diretor do Departamento de Assistência ao Cooperativismo, da Secretaria da Agricultura do Estado de Goiás, de 1983 a 1986, foi Assessor de Comunicação da Secretaria do Governo e Justiça do Estado de Goiás (1992/94), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de Goiás (1995/97) e do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), em 1998 e 1999. Retornou ao CERNE em 2002 e assumiu a função de Produtor Jornalístico na TV Brasil Central, onde produziu o programa “Opinião em Debate” e, posteriormente, Produtor e Diretor do programa “Roda Vida Local”. Foi Assessor de Imprensa da PUC Goiás, de junho de 2001 a 2010, lotado no Gabinete da Reitoria da instituição.

Superintendente Executivo da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás (SEMARH) em 2014, ocupou interinamente a titularidade da SEMARH; e foi Secretário Executivo do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CEMAm) de Goiás, em 2014.

Sócio correspondente da Academia de Letras e Artes de Caldas Novas (Alacan); por aprovação unânime dos acadêmicos tornou-se sócio titular do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás; sócio honorário do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado (ICEBE); e em 2020 foi eleito para a Cadeira nº 30 da Alacan.

Escreveu e publicou três livros: “Otávio Lage – Empreendedor, Político, Inovador”; “Cooperativismo de Crédito – Sua história em Goiás e seu protagonismo no Brasil”, em parceria com o advogado tributarista Jales Naves Júnior; e “A história da família Naves no Brasil (1655-1945)”, em parceria com as professoras Maria Helena Fernandes Cardoso e Vicentina Naves Fernandes.

 

            Casado com a bióloga e professora universitária Heloísa Machado Naves, mineira de Ituiutaba, que se destacou pelo trabalho no magistério superior e na pesquisa científica na UFG, eles têm três filhos goianienses: Rossana, graduada em Direito, casada com o engenheiro Rodrigo Costa Machado, com quem tem duas filhas, Antonella e Gisella; Mariana, graduada em Relações Internacionais e professora de inglês e espanhol, casada com Luiz Otávio Mori Lourenço; e Jales Júnior, advogado, especializado em Direito Tributário, e articulista.

Prêmios

Jales Naves conquistou o 1º lugar no Concurso de Monografias “A industrialização e a Atividade do SESI como Fatores do Desenvolvimento de Goiás”, promoção do Departamento Regional do Serviço Social da Indústria (SESI), em junho de 1971; e o 1º lugar no Concurso de Reportagens sobre o 40º aniversário de Goiânia, iniciativa do Departamento de Cultura, Turismo e Recreação da Prefeitura de Goiânia, outubro de 1974.

                Recebeu o Diploma “O Cooperador”, conferido pela Cooperativa Mista dos Produtores de Soja de Goiatuba Ltda. (Compsgol), com sede em Goiatuba, GO, em reconhecimento ao trabalho que realizou na área cooperativista em Goiás, em outubro de 1988; e o “Prêmio Brilho 88. Destaque na Imprensa”, conferido pela Arprom às pessoas que mais se destacaram em suas respectivas áreas naquele ano, a partir de consulta a cada setor. A estatueta foi entregue durante a realização da Feira “Mulher Negócios 88”, no Jóquei Clube de Goiás, em dezembro de 1988.

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