Abílio Neto e Wal com o quadro do deputado federal Abílio Wolney

Os escritores Gilberto Mendonça Teles e Geraldo Coelho Vaz participaram na tarde desta segunda-feira, dia 10, de uma reunião na Casa-Museu Bernardo Élis, sede do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis para os Povos do Cerrado (Icebe).

O encontro, que contou com a participação de 15 sócios do Icebe, teve o objetivo de apresentar dois novos sócios que passarão a cuidar de áreas estratégicas da instituição: o professor Olliver Mariano Rosa, do Instituto Federal de Goiás (IFG), ficará responsável, doravante, pelo acervo de Bernardo Élis, dentre as centenas de originais e textos publicados em jornais, porém inéditos em livros; e o professor de Direito e museólogo Vinicius Leão, que ficará responsável pela pinacoteca, repositória de cerca de 60 obras de artistas como DJ Oliveira, Frei Confaloni, Amaury Menezes, Ailso, Iza Costa, Gomes,  Elder Rocha Lima, Juca de Lima, Wilson Jorge, Alexandre Liah, Vânia Ferro, Helena Vasconcelos, Wal Curado e da viúva de Bernardo Élis, Maria Carmelita Fleury Curado, dentre outros.

Aquarelas

Três aquarelas da artista plástica Wal Curado, feitas a partir de fotografias de ocasiões distintas, com personagens de grande expressão da cultura e da política goiana, foram entregues pela artista pirenopolina, na ocasião.

A primeira aquarela – “Encontro de Poetas: Drummond e GMT” – é alusiva a uma fotografia de 1970, perenizada na editora Saraiva, no Rio de Janeiro, num dos primeiros encontros dos escritores Gilberto Mendonça Teles e Carlos Drummond de Andrade.  A partir daí, os escritores selaram uma grande amizade.  Este quadro será doado por Gilberto Mendonça Teles ao acervo do instituto a ser criado, que levará seu nome.

Geraldo Coelho Vaz e o quadro com Bernardo Élis, com Wal e Nilson Jaime

A segunda aquarela – “Bernardo Élis e Coelho Vaz” – foi composta a partir da fotografia de um encontro que se deu em Corumbá de Goiás, em 1993, quando se discutiu a aquisição da casa em que nasceu Bernardo Élis, para se instalar um museu em homenagem ao escritor corumbaense. Na obra estão retratados o único goiano que chegou à Academia Brasileira de Letras e seu colega Geraldo Coelho Vaz. A compra não se consumou porque o proprietário não se interessou pelo negócio, segundo Coelho Vaz, que adquiriu a obra e a doou ao Instituto Bernardo Élis.

A terceira aquarela retrata o advogado e ex-deputado Abílio Wolney, representante da região Norte de Goiás na Assembleia Legislativa, nas primeiras décadas do século XX, e que teve nove parentes chacinados na célebre “Chacina do Duro“, episódio relatado no romance “O Tronco“, de Bernardo Élis. Esta obra foi feita sob encomenda para o neto do retratado, o juiz de Direito Abílio Wolney Ayres Neto, recém eleito para a Academia Goiana de Letras, também presente ao evento.

Reforma e readaptação

Dirigindo a reunião, o presidente do Instituto, Nilson Jaime, informou que o Icebe passará por reformas em sua estrutura, a fim de readequar o espaço e o qualificá-lo para receber visitantes, pesquisadores e, principalmente, estudantes, que participarão de cursos de formação de leitores,  que incluirá a exibição de filme sobre Bernardo Élis, leitura de livros e diálogo com os participantes.

O Instituto, existente há três anos, foi recriado pelos escritores Bento Fleury e Nilson Jaime – com a colaboração inicial de vinte outros escritores e artistas – a partir de uma associação surgida há mais de vinte anos, porém desativada.

O presidente informou que o Icebe está com a documentação regularizada e receberá no dia 17 deste mês cópia da lei que a tornou entidade de utilidade pública, recentemente aprovada pela Câmara Municipal, para ter acesso a recursos públicos. Autor dessa proposição, o vereador Anselmo Pereira já destinou uma verba para o Instituto, no valor de R$ 50 mil, para fazer frente às adequações na estrutura da Casa-Museu e da biblioteca.

Participaram da reunião os seguintes sócios e convidados: os escritores Geraldo Coelho Vaz, Gilberto Mendonça Teles, Abílio Wolney Ayres Neto, Marina Teixeira Canedo e João Vítor Alves; os professores-doutores Ricardo Assis Gonçalves, da Universidade Estadual de Goiás, campus da cidade de Goiás,  Olliver Mariano Rosa (IFG), Benjamin Pereira Vilela Vilela (IFG, campus de Senador Canedo); Écio Duarte (IFG) e Vinicius Leão; a doutora em Letras Rosemary Ferreira de Souza; o professor-doutor Rodrigo Morato, do Colégio Santa Cruz, de São Paulo; o advogado Eliomar Pires, presidente dos Egressos UFG; o jornalista Jales Naves; e as artistas  plásticas Helena Vasconcelos e Wal Curado.

Gilberto aprecia o quadro com Carlos Drummond; atentos, Nilson e a autora Wal

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